Artigos- PNL

A cada momento, mais pessoas se conscientizam de que a última fronteira não é o espaço nem os oceanos, e sim a evolução cognitiva. Precisamos avançar nesta área para que a humanidade esteja preparada para lidar com os imensos desafios do mundo contemporâneo.

A Programação Neurolinguística (PNL) é uma das mais úteis e práticas tecnologias de que dispomos atualmente, pois encoraja múltiplas escolhas e novas maneiras de pensar livres de pré-julgamentos, além de procurar compreender a intenção positiva por trás de cada comportamento julgado negativo.

 

Neuro- Possuímos o mesmo sistema neurológico, portanto o importante é sabermos como filtramos os acontecimentos através dos sentidos e transformamos estas informações em pensamentos que influenciam nossas emoções e comportamentos.

Linguística- Comunicar-se é imprescindível, portanto quanto mais compreendemos que as palavras influenciam a experiência, mais nos comunicamos efetivamente internamente e com os outros.

Programação- Temos nossas estratégias para tomarmos decisões, solucionar problemas e aprender, portanto, o importante é re-organizar estas estratégias e padrões de pensamento para alinharmos as nossas competências e talentos aos objetivos desejados para alcançá-los com facilidade.

Origens

A PNL começou na Califórnia nos anos 70 na Universidade de Santa Cruz.

Em 1972, Richard Bandler era um estudante em ciência da computação e matemática. Ele não estava interessado no currículo tradicional da Universidade e sim no estudo do comportamento humano. Ele conheceu Fritz Perls, o fundador da Gestalt Terapia e a estudou intensamente que após um tempo decidiu fazer um seminário direcionado aos calouros e conseguiu que John Grinder, professor da Universidade com doutorado em Linguística, o supervisionasse.

Os seminários sempre dinâmicos e bem-humorados de Bandler começaram a fazer sucesso, nem sempre pelas técnicas apresentadas, mas devido às personalidades carismáticas de Grinder, no início só observando e mais tarde participando ativamente, e de Bandler que criaram uma atitude de “vamos conseguir, vamos em frente” que permeava a apresentação e entusiasmava a todos.

Uma das ideias centrais era a modelagem da excelência:

Se alguém faz algo muito bem, a PNL fornece ferramentas para modelar, que é quebrar o comportamento em pequenos pedaços para que se possa compreendê-lo e repetí-lo.

Grinder era excelente em modelar habilidades linguísticas e Bandler em modelar habilidades de comportamento.

Eles escolheram modelar grandes nomes em comunicação na época: Virginia Satir, Fritz Perls e mais tarde, Milton Erickson.

Algumas pessoas começaram a frequentar assiduamente os seminários, dentre elas Leslie Cameron, que se tornaria a sr ª Bandler e escritora, Judith DeLozier que se tornaria a srª Grinder e escritora e palestrante renomada, e Robert Dilts que se tornaria um profícuo escritor e exímio criador de modelos no campo da PNL. Os seminários não eram caros, mas às vezes Bandler aceitava cupões de alimentação dos alunos mais pobres e assim todos iam ganhando experiência.

Eram os anos 70 e a guerra do Vietnã estava terminando.

Bandler e Grinder descobriram que quando nós falamos naturalmente adotamos três processos com a linguagem: eliminamos, generalizamos e distorcemos e criaram uma técnica chamada Meta-Modelo.

No modelo da PNL nós experimentamos o mundo real através dos sentidos — visual, auditivo, olfatório, gustativo e cinestésico (sentimentos e toques), e nossa percepção da realidade é filtrada pelos processos da generalização, distorção e eliminação, portanto construímos nosso mapa de forma limitada e nos baseamos nele para agirmos.

O meta-modelo foi criado para diminuir o espaço entre a linguagem e a experiência. Ele oferece uma série de questões que permitem que clarifiquemos o que a pessoa quer dizer especificamente. Por exemplo: uma pessoa diz: sou tímida. O praticante de PNL faz perguntas do tipo: como você sabe que é tímida? Qual é a evidência que você tem? E se você não fosse tímida? Você é sempre tímida? O que, quando, onde, quem e como?

Os padrões hipnóticos de Erickson acrescentaram uma nova dimensão aos modelos de mudança de comportamento e satisfaziam uma curiosidade pessoal de Bandler e Grinder sobre a hipnose.

Os modelos se desenvolviam e novos eram criados a cada seminário como a Ancoragem e a Ressignificação. Âncoras são estímulos externos que funcionam como gatilhos de um estado interno e quando se aprende a ancorar, podemos resgatar e aumentar a intensidade das experiências e boas memórias e criar estados internos poderosos que podem ser acessados quando necessários. Os modelos de ressignificação dizem que o significado de uma interação depende do contexto, mudando o contexto da experiência se muda o significado. Estes modelos eram usados na cura rápida de fobias e faziam sucesso nos seminários.

Em 1978, as parcerias entre Richard e Leslie e John terminaram e cada um seguiu a sua área de interesse, Mas a base da PNL já estava formada.

Dilts lançou o 1.º livro sobre o assunto — PNL volume I.

Desenvolvimento

A PNL nunca parou de evoluir. Bandler continuou a desenvolver modelos baseados na crença de que as pessoas aprendem mais quando estão confusas e continuou a usar o seu humor inteligente. Dedicou-se a técnicas como a Curas de Fobia e mudanças de crenças. Esta fase foi transcrita no livro Magic in Action. Bandler escreveu mais alguns livros, sendo o principal A Engenharia da Persuasão, onde vemos a criação de um novo modelo chamado Engenharia do Projeto Humano (DHE), baseado em poderosas ferramentas de mudança de estado interno e o mais recente, Conversations- Freedom is everything & Love is all the rest.

Dilts deu continuidade ao modelo de estratégias cognitivas e escreveu vários livros sobre como modelar grandes gênios como Einstein, Aristóteles e Walt Disney. Escreveu também sobre aprendizagem e criatividade no livro Ferramentas para Sonhadores e mais recentemente tem se dedicado ao Coaching com PNL, uma tendência natural seguida por muitos praticantes da PNL.

Bandler, Grinder e Dilts continuaram a fazer seminários internacionais e a construírem modelos cada vez mais geniais.

Cada geração contribui com suas próprias experiências e refinado as ideias iniciais. Autores como Michael Hall e Steve Andreas trouxeram grandes questionamentos e acrescentaram pensamentos e perguntas complexas ao bojo teórico da PNL.

A PNL é utilizada no mundo corporativo, na área da Saúde, na Educação e até na Política. É usada para desenvolvimento pessoal e profissional, em apresentações e negociações bem sucedidas, em gerenciamento de tempo e recursos, em vendas e em manter a qualidade de vida. Nas corporações, é utilizada como ferramenta na implantação dos planos estratégicos e na melhoria da comunicação em todos os níveis.

Alguns modelos tornaram-se populares:

Saiba o seu objetivo — seja específico e pense no você quer e não no que você evitar;

Aja — a menos que você dê o primeiro passo, nada acontecerá.

Tenha consciência sensorial — se você ficar no presente e tiver consciência do que você vê, ouve e sente, você poderá perceber o que não está funcionando, e poderá modificar o seu comportamento.

Tenha comportamento flexível — se o que você está fazendo não está funcionando, faça algo diferente. A pessoa com mais escolhas pode escolher a melhor opção.

A arte de fazer perguntas:

O que eu quero? O que isto fará por mim? O que está me impedindo?O que eu ganho com isto? O que está funcionando bem? O que poderia melhorar?

Como eu me sentiria se não tivesse este problema? O que eu quero no lugar do problema que eu tenho? Como saberei quando eu conseguir o que eu quero? Perguntas bem formuladas geram soluções.

Hoje existem mais de 300 Institutos de PNL em todo o mundo formando pessoas capazes de trabalhar com a tecnologia e uma pesquisa básica na internet nos traz 20 milhões de artigos sobre o assunto provando que a PNL veio para ficar.

E o futuro da PNL?

Alguns Pilares básicos da PNL nos indicam o caminho:

O Mapa não é o Território — quer dizer que só conseguimos processar certa quantidade de informação disponível no mundo externo e eliminamos o resto. Criamos um mapa interno limitado pelos valores e crenças, memórias, decisões, experiências e os meios culturais e sociais que funcionam como um filtro. As pessoas respondem de acordo com os seus mapas do mundo. Não existe o Certo nem o Errado e sim pontos de vistas diferentes.

Todo comportamento negativo tem uma intenção positiva

Quando se entende a intenção por trás do comportamento, se aumenta a capacidade de comunicação e a flexibilidade ficando mais fácil criar novos comportamentos que satisfaçam a intenção positiva. —

Quanto mais compreendemos os mapas dos outros melhor será nossa comunicação e mais bem-sucedidas serão nossas negociações.

Quanto mais flexível for o Mapa pessoal do mundo, mais existirá tolerância, amor, perdão e energia para concretização de sonhos, metas e objetivos.

CONCLUSÃO

Em um mundo onde as culturas estão em choque e as sociedades cada vez mais interculturais, onde é preciso lutar contra os comportamentos de discriminação e de condenação do ‘diferente’, a PNL é uma poderosa tecnologia capaz de aumentar o nível de consciência e criar diálogo para diminuir o abismo entre as diferentes etnias, religiões e culturas.

Basta que seja mantido o espírito energético e inovador que faz parte da PNL desde o início.

ARTIGO  no livro PNL: Dicas e Estratégias de PNL que podem transformar sua vida- São Paulo-  Editora Ser Mais, 2010

 

A PNL foi criada por Richard Bandler, um matemático, analista de sistemas e Gestalt terapeuta e John Grinder, um linguístico, no início da década de 70, nos EUA.

Eles se fizeram a seguinte pergunta: Por que algumas pessoas são mais bem-sucedidas do que outras? Para respondê-la, eles pesquisaram terapeutas famosos na época, tais como Fritz Perls, Milton Erickson e Virginia Satir e descobriram que eles faziam a mesma categoria de pergunta para obterem as respostas que procuravam.
Após anos de pesquisa, Bandler e Grinder puderam afirmar que havia um padrão por detrás de cada comportamento e que padrão, uma vez elicitado, poderia ser transmitido para outros por um processo nominado de Modelagem.

O objetivo inicial era tornar explícito estes modelos de excelência humana.

Esta é a principal razão da PNL conseguir resultados tão rapidamente.
O COMO você estruturou a experiência é mais importante do que o conteúdo dela, ou seja, você não precisa lidar com toda a história pessoal para resolver um problema específico. Quando a estrutura subjetiva da experiência é alterada, o resultado é permanente.

PROGRAMAÇÃO- capacidade de organizar os sistemas de comunicação e neurológico para alcançar resultados desejados.

NEURO — por Neuro entende-se que as experiências pessoais são apreendidas através dos cinco sentidos e processadas pelo sistema nervoso.

LINGUÍSTICA — refere-se aos sistemas de linguagem e comunicação não-verbal pelos quais as representações neurológicas são codificadas e ordenadas, adquirindo sentido.

As fontes dos modelos da PNL são a psicologia, principalmente a Geltalt, linguística, cibernética, teorias sistêmicas e principalmente, a neuroimunologia e a neurofisiologia.

A PNL passou por uma grande transformação durante a chamada DÉCADA DO CÉREBRO, instituída pelo governo Bush (Pai) de 1990 a 1999, nos EUA.

Grandes descobertas e experiências foram realizadas, comprovando em grande parte a teoria da PNL, principalmente as referentes de como funciona o hemisfério direito cerebral.

Hoje em dia, a PNL desenvolveu mais de 3.000 poderosas ferramentas e habilidades para aprimorar a comunicação em todos os níveis e promover inovação e expansão nas principais áreas do conhecimento humano como a pessoal, corporativa e educacional.

Em essência, todos os modelos da Programação Neurolinguística estão fundamentados nestes dois princípios:

1) O MAPA NÃO É O TERRITÓRIO

Como seres humanos, nós jamais poderemos conhecer a realidade em si. Nós experienciamos e respondemos ao mundo que nos cerca primariamente através de nossos sistemas sensório-representacionais (5 sentidos). Nós captamos a realidade através dos nossos cinco sentidos e fazemos um “mapa” baseado em nossas crenças, experiências, filtros neurológicos, etc. e agimos de acordo com ele. São eles que determinam como nos comportamos e não a realidade em si.

2) CORPO E MENTE FORMAM UM PROCESSO SISTÊMICO

Os processos que acontecem no interior dos seres humanos e entre seres humanos e o seu meio-ambiente são sistêmicos. Nossos corpos, nossa sociedade e nosso universo formam um complexo e ecológico sistema que se influenciam mutuamente. Não é possível isolar completamente nenhuma parte do resto do sistema. Cada sistema é baseado em certos princípios auto-organizacionais que naturalmente buscam uma otimização em termos de equilíbrio e homeostases.

O objetivo é criar um mapa o mais rico possível que respeite a nossa natureza e ecologia do mundo em que vivemos. As pessoas mais bem-sucedidas são as que têm um mapa do mundo que as permite acessar um maior número de escolhas e perspectivas possíveis, já que não existe um mapa mais certo do que o outro.
“Sabedoria significa ter múltiplas perspectivas e Excelência significa ter muitas escolhas para poder se escolher a melhor”.

Artigo publicado em Cadernos de Psicologia Ed. PUC-Rio -Rio de Janeiro – 2000

LINKS ÚTEIS SOBRE PNL NO BRASIL E NO EXTERIOR:

GOLFINHO- Site completo sobre PNL. 

https://www.golfinho.com.br/

PEGASUS – UK

https://nlp-now.co.uk/

SITE DE RICHARD BLANDER, CO-CRIADOR DA PNL E CRIADOR DA EPH.

https://richardbandler.com/

SITE DE ROBERT DILTS.

http://www.nlpu.com/NLPU.html

Site de Michael Hall. 

https://www.neurosemantics.com/

FERRAMENTAS PARA SONHADORES

Editora Rocco. 

Consultoria Jurídica — Dr. Morris Gilberto Israel

https://golfinho.com.br/

Livro do Mês — agosto de 2004

Ferramentas para Sonhadores — Estratégias para Criatividade e a Estrutura da Inovação

Robert B. Dilts é o especialista internacional de Programação Neurolinguística que mais tem sido divulgado no Brasil, quer como autor, quer como coautor. A Summus Editorial , São Paulo, lançou, de sua autoria, Enfrentando a Audiência, e “Estratégia da Genialidade“, volumes III e III. Como coautor, fazendo dupla com Todd A. Epstein, editou os dois volumes de “Aprendizagem Dinâmica“. Com Tim Hallbom e Suzy Smith, publicou “Crenças: Caminhos para a Saúde e o Bem-Estar“. Todos são livros fundamentais de PNL, alguns realmente antológicos como os volumes sobre modelagem, em que Dilts nos apresenta a Aristóteles, Sherlock Holmes, Wolfgang Amadeus Mozart, Sigmund Freud, Leonardo da Vinci, Nikola Tesla, e Albert Einstein. Leitura difícil, que exige muita atenção por parte dos leitores, e conhecimento de PNL. Obras indispensáveis para quem quer aplicar estratégias criativas.

Agora a Editora Rocco, Rio de Janeiro, coloca à disposição dos leitores brasileiros e portugueses, “Ferramentas para Sonhadores: Estratégias para a criatividade e a estrutura da inovação”. Aqui Dilts tem como companheiro de coautoria, além de Todd Epstein, seu próprio pai, Robert W. Dilts, famoso advogado que, por mais de 30 anos, militou no campo de registros de patentes e em direitos autorais.

A obra saiu à luz nos Estados Unidos em 1994, antes da publicação dos três volumes que compõem “A Estratégia da Genialidade”. E, de certa forma , é a leitura ideal para posteriormente se mergulhar no conteúdo das estratégias, pois vai apresentando, definindo e identificando passo a passo o processo de criatividade, detalhando os modelos ROLE e TOTS, descrevendo com bastante minúcia, os estágios necessários para se vivenciar nossos lados sonhador, realista e crítico.

O livro, além disso, apresenta diversas entrevistas de pessoas que se destacaram pela sua criatividade, como Michael Colgrass, ganhador do Prêmio Pulitzer de Música em 1978; do inventor Lowell Noble, de Bjorn Rorholt, sempre integrando as perguntas, e assertivas dos entrevistados, com o enfoque PNLístico de como gerar um processo criativo de comunicação.

No capítulo 6, –“Coordenando o Sonhador, o Realista e o Crítico”, os autores, sempre aliando pressupostos teóricos de PNL com exercícios vivenciais,– há um verdadeiro painel de criação. Esclarecem que todo o livro demonstra que “o arco de feedback entre as metas, a evidência e as operações e entre o sonhador, o realista e o crítico é a essência da criatividade eficaz. Sem esse arco, mesmo as ideias mais estimulantes vão falhar ou perder o interesse, se tornarem azedas”.

Uma excelente obra com diversos apêndices, importantes resumos sobre estratégiamodelo ROLE, Sistema RepresentacionalSubmodalidadesEstrutura do TOTS, Padrões de Metaprogramas, Procedimentos de Eliciação de Estratégias, Modelo SCORE para mudanças, Sugestões para manter anotações laboratoriais, Condições de Boa Formação pra Avaliar Novas Ideias, e uma bibliografia, cujos títulos, mesmo os traduzidos para o português, permanecem na língua original. Nossos editores ainda não aprenderam a navegar em Golfinho, onde estão relacionados, no original e em português, tudo que se traduziu de Programação Neurolinguística.

Uma excelente obra para o leitor aprender a gerar ideias estratégicas, criativas. Um livro prático, leitura estimulante, uma obra inovadora, um espelho do que Dilts e seus companheiros vêm fazendo em favor da melhoria do ser humano.

João Nicolau Carvalho professor universitário, Trainer em PNL, Coach certificado

Para comprar: Livraria Cultura

Página do livro: Ferramentas para Sonhadores